quinta-feira, 24 de abril de 2008

Rio de Abril

Fui pro Rio pela primeira vez no findi passado.
Com uma passagem promocional da Varig por R$96 ida e volta, e com estadia + transportes gratuitos, eu não podia perder.

Dizer que a cidade é maravilhosa é um cliché obrigatório, pois ela é. É enorme e cheia de nuances, cheia de cantinhos a descobrir além do lugar-comum. E o lugar-comum eu não cheguei a conhecer.

Corcovado, pão de açucar, maracanã... nem passei perto.

Conheci a noite. Fui em zilhares de bares, principalmente na Lapa e em Ipanema. A Lapa parece nossa Cidade Baixa, e Ipanema parece a Padre Chagas.

A noite de Ipanema é muito agradável. Andar pelas avenidas cheias de luzes e bares convidativos à mais uma cerveja foi uma experiência embriagante.

Mas na Lapa é que mora a botequeira mais roots. Os bares fervem, e transpiram música, arquitetura, antiguidade e história. Para minha felicidade, os bares lá realmente tocam MPB, Bossa Nova, Samba e Sambarock. E foi delirante entrar num botequim a céu aberto (cujo nome é esse mesmo) e pegar a bandinha tocando O Meu Guri do Chico Buarque.

A viagem se resumiu em grande parte à botequins e bebedeiras homéricas (não referente à Homero, mas à Homer Simpson mesmo). O que era exatamente o que eu queria e precisava fazer. Mudar os ares, relaxar, me sentir pilhado de novo, recarregar as energias. E que energias! Nada como ouvir um Chico ou Jorge ben tomando uma cerveja bem gelada na cidade deles, sabendo que em algumas daquelas esquinas foram escritas os maiores clássicos da música brasileira.

A noite lá tem alma forte, que assombra quem a frequenta. Não puxando os pés, mas botando eles pra dançar.

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